sexta-feira, junho 26, 2009

Black or White- Cachoeira e Michael Jackson





Enquanto eu estava na cidade de Cachoeira participando das comemorações em homenagem às lutas da independência da Bahia, fiquei sabendo que o cantor pop Michael Jackson tinha morrido. Juro que eu não senti nada. Nenhum lamento brotou do meu ser. Nenhum sentimento de saudade ou perda manifestou-se com a morte dele. Nada posso fazer se me preocupa mais a extinção do mico-leão-de-cara-dourada que a morte de Michael Jackson. A vida é assim. Talvez o fato de eu estar em uma cidade onde os negros sentem orgulho de sua negritude e nunca quiseram branquear a pele, e sim serem respeitados como seres humanos, e desfrutarem dos mesmos direitos de um branco, tenha contribuido para potencializar minha indiferença. Rendo minhas homenagens ao povo de Cachoeira. Acima, alguns momentos da festa.

segunda-feira, junho 22, 2009

Quando, onde, como, quem e por quê?

Existem discussões que não teriam o menor sentido se não existissem leis que as tornasem necessárias. Refiro-me ao festival de besteiras que está assolando o país neste momento em que Supremo Tribunal Federal (STF) votou o fim da obrigatoriedade do diploma para legitimar o exercício da profissão de jornalista. O decreto-lei 972-69, criado em plena ditadura militar, portanto dispensável se não tivéssemos vividos este período de exceção política, por si mesmo condenável, tornou-se desde a constituição de 1988 incontitucional. Somos o atraso. Esta é a maior constatação que podemos tirar de todas as besteiras que foram se justificando no bojo de tamanho absurdo ditatorial. Pois bem. O ministro Gilmar Mendes, relator do caso, como sempre, fez jus à fama de criador de fraudes retóricas, desvio que muitos tomaram para analizar o resultado da votação, personalizando o resultado da decisão, tendo como referencial o caráter do relator. Nada mais contraproducente. Pra mim, o mérito da questão está centrado na liberdade de expressão dos verdadeiros envolvidos: os jornalistas. Causa-me cócegas no cérebro quando ouço um jornalista dizer que a profissão por ele exercida serve à sociedade. Perfeito. Também acho. Só que falta ao defensor definir à que sociedade está se referindo. À sociedade civil, à pólis, ou aos sócios do patrão. Gostaria muito que a definição se estendesse e tangenciasse a questão que levanta-se e pergunta se a liberdade de imprensa não se refere à liberdade da empresa associar-se com qualquer um, desde que seja pago o espaço ocupado no jornal. Nada tenho contra a academia, a não ser que você seja um gênio que, nesse caso, não iria se dedicar ao jornalismo, nem necessariamente vejo-a como uma "conditio sine qua non" para o exercício da profissão. Mas, gostaria que os defensores do diploma para o exercício da profissão me esclarecessem: o que, quem, quando, onde e por quê?, respeitando a verdade factual, por favor. De antemão gostaria de responder que, ainda assim, é muito pouco pra justificar o tempo e dinheiro gastos nas linhas de montagens que oferecem diplomas e que foram criadas neste país do decreto-lei 972-69.

quarta-feira, junho 17, 2009

Minhas andanças por aí



Primeiro quero pedir desculpas aos meus pouquíssimos e seletos visitantes pela falta de atualização do blog. Por força de outros afazeres, fiquei um bom tempo sem postar nada. Bom, estou de volta. Recomendo que se alguém vem ao turbinas e não encontra nada de novo, por favor, vejam a excelente lista de links que disponibilizei. São blogs e sites que verdadeiramente valem a pena dar uma espiada. Garanto que ficarão bem informados. São veículos de jornalistas independentes, com compromissos com a verdade factual e respeito ao leitor. Por último acrescentei na minha relação o blog da Petrobras, Fatos e Dados, blog que tirou o sono da imprensa obesa. Dei boas risadas com os ataques de medo que acometeram seus proprietários, a começar pela carta do presidente da Associação Nacional dos Jornais (ANC). Patética. Não por acaso o autor é da família dona do jornal mais reacionário do Brasil: o Estado de São Paulo, vulgo estadão. Em seguida veio um enxurrada de medievais editoriais e os mais estapafúrdios malabarismos mentais de vassalos, lacaios e sabujos, e por aí vai. O blog Fatos e Dados veio pra levar aos últimos estertores estes meios de comunicação que mudam de suporte, mas permanecem com o mesmo conteúdo e desrespeito à verdade factual. Portanto, não percam a viagem. Acessem e deliciem-se com quem, de fato, tem opinião livre das amarras editoriais da imprensa burguesa. Estes links lhe levarão a outros que estão disponíveis neles, criando, desse modo, uma rede de boas leituras. Acima, três momentos do meu olhar. Pela ordem, Mercado de Aracaju, se preparando para o São João, Chapada Diamantina e sertão baiano.

quarta-feira, junho 03, 2009

OEA rende-se ao poder de Cuba

http://www.youtube.com/watch?v=SynVFM_6ezk

A Organização dos Estados Americanos (OEA) decidiu revogar hoje, 03, a medida adotada em 1962 que excluia Cuba como membro do grupo. Tomada em plena guerra fria, após a fracassada tentativa de invadir o país caribenho, a medida mostrou-se inócua como pressão para que Cuba deixasse que ingerências norteassem sua política interna. É essencial lembrar que a forte resistência da Ilha em seguir seu rumo socialista tem sido fonte de atos raivosos e obstinadas políticas de isolamento lideradas pelo país imperialista. Até o último instante, os Estados Unidos condicionavam o retorno de Cuba ao grupo à mudanças na sua política interna. Não obstante tudo isso, a decisão de Cuba voltar a fazer parte da OEA foi unânime, sem nenhum tipo de concessão. Todos os paíse membros votaram a favor, sem nenhuma pré condição, como queriam os Estados Unidos. É importante ressaltar que a independente ilha não fazia nenhuma questão de que tal medida fôsse tomada. Fidel Castro sempre considerou a OEA como cúmplice, quando não organizadora (como na fracassada tentativa da invasão da Baia dos Porcos) dos atentados contra Cuba. O que Cuba realmente clama é pela liberdade dos cinco anti terroristas que estão presos nos Estados Unidos. Libertad a la verdad, com esta mensagem vemos cartazes com a foto dos cinco heróis cubanos espalhadas por toda la ilha. Acima, uma foto de um desses cartazes e outra de garotos cubanos orgulhosos de seu país mostrando uma foto de Che Guevara em uma camiseta. Clique no endereço acima das fotos e assista Compay Segundo cantando Hasta siempre, comandante, uma homenagem a Che.