terça-feira, maio 26, 2009

África-Brasil, em Cachoeira- Recôncavo da Bahia





Estas imagens foram capturadas em Cachoeira-Ba durante a visita do presidente Lula e o governador Jaques Wagner, onde foram inaugurar a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia-UFRB

quinta-feira, maio 21, 2009

Diário de Viagem à Cuba




Engana-se quem pensa que Cuba é um Estado Policial. Cuba é um Estado policiado, afinal, o inimigo (o imperialismo americano) está bem ali na frente. Não se pode relaxar com um país que mantém uma base naval, Guantánamo, em um outro que quer apenas ser livre, sem subserviência ao processo de expansão imperialista, hoje chamado de globalização, neologismo criado pra enganar tolos. Enquanto durar o bloqueio perverso e criminoso, Cuba é um Estado em alerta, e tem toda razão pra que assim seja. Mas ,uma coisa me chamou a atenção em Havana: lá, vi um contigente policial nas ruas bem menor do o que vejo em Salvador. Havana tem tem 3 milhões de habitantes, enquanto que Salvador (apenas como exemplo) tem uma população menor e um índice de violência altíssimo. Embora as duas cidades guardem muitas semelhanças, na questão de segurança existe uma disparidade. Em Cuba saúde e educação são direitos inalienáveis. Será que é isso?Me respondam. Só sei que, acreditem, em Havana não vi uma cena sequer que tenha me deixado em estado de alerta. Andava de madrugada por suas românticas ruas sem medo algum. Isso não é pouca coisa.Me apontem uma única cidade no Brasil onde hoje alguém pode andar tranquilo. Ganha uma viagem pra Cuba quem me responder. Rendo minhas homenagens à esse país colonizado por espanhóis, libertado por um cubano, José Martí, depois dominado pelos norteamericanos, e por fim tornado livre por Fidel Castro, Che Guevara, Camilo Cienfuegos, Raul Castro e pelo povo cubano.
A foto da menina andando tranquila entre os canhões fincados no chão foi feita em Havana Velha, e o muro pintado alusivo à revolução, que este ano está fazendo cinquenta anos, foi feita em Centro Havana.



"Ei nós que viemos de outra terras,

de outro mar.

Temos pólvora, chumbo e

bala. Nós queremos é guerrear" (trecho da música "peixinhos do Mar", Milton Nascimento)


terça-feira, maio 19, 2009

Humano, Demasiado humano


O dedo na minha ferida


dói mais nos outros


do que em mim.
A foto da "Preta Velha" que ilustra o poema foi feita em Havana Velha, Cuba.

quinta-feira, maio 14, 2009

Gente Humilde, ou "Abaporu"








Andando pelo interior da Bahia encontrei estes pequenos seres iluminados, deste luminoso e injusto país. Quanta gente bonita. O verdadeiro povo brasileiro. O mesmo povo visto e amado por Darcy Ribeiro, Euclides da Cunha, glauber Rocha, Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral, e todos os poetas sensíveis que cantaram e cantam nossa gente. Deixo aqui minha pequena galeria com estes seres que têm em si o cheiro e as cores do Brasil. Esta pátria que um dia há de ser de todos nós, em que o sol seja para Todos, e não apenas para as nossas perversas classes dominantes. Sejamos antropófagos, Abaporu (o homem que come), o Carcará.

quarta-feira, maio 06, 2009

Brasil, mostra tua cara!


Não me convidaram
Pra esta festa pobre
Que os homens armaram
Pra me convencer
A pagar sem ver
Toda essa droga
Que já vem malhada
Antes de eu nascer...

Não me ofereceram
Nem um cigarro
Fiquei na porta
Estacionando os carros
Não me elegeram
Chefe de nada
O meu cartão de crédito
É uma navalha...

Brasil!
Mostra tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil!
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim...

Não me convidaram
Pra essa festa pobre
Que os homens armaram
Pra me convencer
A pagar sem ver
Toda essa droga
Que já vem malhada
Antes de eu nascer...

Não me sortearam
A garota do Fantástico
Não me subornaram
Será que é o meu fim?
Ver TV a cores
Na taba de um índio
Programada
Prá só dizer "sim, sim"

Brasil!
Mostra a tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil!
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim...

Grande pátria
Desimportante
Em nenhum instante
Eu vou te trair
Não, não vou te trair...

Brasil!
Mostra a tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil!
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim...(2x)

Confia em mim
Brasil!!

Brasil (Cazuza)

sexta-feira, maio 01, 2009

O sistema "espírito de porco" ou "A Gripe suína"

Lembro-me bem do alarme feito pelos meios de comunicação nos anos 90: o cólera era a grande ameaça. Na época, eu era naturalista, e minha então companheira, médica alopata. Eu, como todo naturalista, depreciado por alguns como natureba, desconfiava dos argumentos dos médicos e cientistas para justificar o medo coletivo. Eu desafiei minha companheira, dizendo pra ela que tomaria um copo cheio de cólera, e, ainda assim, não sofreria nenhuma consequência, seguro que estava da minha força imunológica. Nunca acreditei nos argumentos usados pelos médicos para justificar o agente patogênico como o grande vilão. Eu tinha aprendido com o criador da teoria microbiana, Louis Pasteur, que antes de morrer tinha negado seus princípios, e afirmado que o ambiente é mais importante que o agente agressor. Ou seja: se seu corpo está fortalecido, se seu sistema imunológico é produtivo, nenhum agente estranho é uma ameaça. O medo coletivo do cólera, de então, desapareceu assim que os meios de comunicação deixaram de falar dele. Estou lembrando disto porque o Cólera me fez lembrar do mesmo alarde propagado em relação à Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (AIDS, na sigla em inglês), uma doença, aliás, uma síndrome, já que são vários sintomas, que até hoje ninguém tem uma explicação convincente, e sim muito coquetel vendido, o que só faz as fortunas dos laboratórios aumentarem. O tempo, inexorável, passou, e há pouco tempo foi a tal da febre amarela. Pessoas alarmadas tomaram a vacina e, desinformadas pelos meios de comunicação, chegaram a tomar duas doses da vacina, vindo a morrer em consequência. Agora, vejo surgir como um novo cometa, uma nova ameaça: a gripe suína. Independente de qualquer ameaça, nunca considerei a criação de porcos e o consumo de carne suína algo saudável. De resto, não tenho tempo pra isso, não. Fui ali na esquina tomar uma cerveja e ler os jornais dos anos noventas. Despeço-me com um: até a próxima necessidade de se usar máscaras, ou camisinhas.