terça-feira, setembro 30, 2008

Zumbi dos Palmares-Símbolo de resistência e luta


Nascido no Estado de Alagoas, no ano de 1655, Zumbi dos Palmares criou um importante foco de resistência à escravidão, que dizimava os negros. O Quilombo dos Palmares foi formada por negros que , na ânsia de liberdade, fugiam das fazendas dos seus senhores. Localizada na Serra da Barriga, atualmente parte do municipio de União dos Palmares, sua população chegou ao número de 30 mil habitantes. Em 1675, o quilombo foi atacado por soldados portugueses. Numa luta encarniçada, Zumbi destacou-se como um bravo guerreiro. Em i694 uma nova investida destruiu completamente Macaco, a sede do Quilombo. Zumbi conseguiu fugir, mas foi traído por um companheiro e terminou sendo preso e degolado aos 40 anos de idade. A data de sua morte, 20 de novembro, no Brasil é celebrada como o Dia da Consciência Negra.

sexta-feira, setembro 26, 2008

Pensamento de Santo Agostinho


"A esperança tem duas filhas lindas: a raiva e a coragem.
A raiva do estado de coisas e a coragem para mudá-lo"

Na foto acima um menor abandonado dorme ao fundo,na esca-
daria de uma igreja no Centro histórico de Salvador,
enquanto outro, igualmente esquecido,
caminha com uma pedra na mão.

 
 



No caminho com Maiakóvski


Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.

A autoria deste poema é erradamente atribuida à Maiakóvski, mas foi feito pelo poeta Eduardo Alves da Costa. A foto é de minha autoria, foi feita no Centro Histórico de Salvador: menor em situação de risco dormindo na porta de uma igreja.

segunda-feira, setembro 08, 2008

Deram um fuzil ao menino

Foto:Alberto Coutinho
Deram um Fuzil ao menino
Firmino Rocha

Adeus luares de Maio,
Adeus tranças de Maria,
Nunca mais a inocência,
nunca mais a alegria,
nunca mais a grande música
no coração do menino.
Agora é o tambor da morte
rufando nos campos negros.
Agora são os pés violentos
ferindo a terra bendita.
A cantiga, onde ficou a cantiga?
No caderno de números,
o verso ficou sozinho.
Adeus ribeirinhos dourados.
Adeus estrelas tangiveis.
Adeus tudo que é de Deus.
Deram um fuzil ao menino.