Milicianos cariocas torturam e ameaçam jornalistas

Milicianos mantiveram uma repórter, um fotógrafo e um motorista do jornal carioca "O Dia" sob tortura por cerca de sete horas. A equipe tinha alugado uma casa na favela do Batan para fazer uma reportagem sobre a relação da comunidade com as milícias, que hoje dominam boa parte das favelas da cidade do Rio de Janeiro. Formadas por policiais militares, civis, bombeiro e agentes penintenciários, as milícias ganharam terrenos antes ocupados pelo tráfico de droga. No entanto, o que para uns pode parecer proteção, para a maioria a ação desses grupos só tornou o cotidiano mais violento . Em alguns casos, a violência contra a população tem aumentado, e muito. Eles, os milicianos, controlam a venda de gás, venda de assinaturas de TV, os famosos netgatos, entre outras atividades ilícitas.
Ontem, dia 2, houve uma manifestação na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro, organizada pelo Sindicato dos Jornalistas do estado, junto com a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), lembrando a morte do repórter Tim Lopes e para pedir punição para os milicianos que torturaram os jornalistas de "O Dia". Daqui deixamos nosso repúdio contra a ação desses bandidos.