Não satisfeitos com o golpe militar de 1964, as "vacas fardadas" deram o golpe dentro do golpe com a edição do AI-5, que hoje completa 40 anos. O ato institucional foi o tiro de misericórdia nos anseios populares de verem o país retomar o caminho da democracia. No dia 13 de dezembro de 1968, ano emblemático na história da luta pelos direitos civis no mundo todo, o general, ditador de plantão, Arthur da Costa e Silva assinava o nefando ato. Portanto,vinte anos e tres dias depois de a Organização das Nacões Unidas promulgarem a Declaração Universal dos Direitos Humanos, os milicos desafiava o bom senso e os direitos humanos no Brasil. O ato de exceção aposentou juízes, cassou direitos políticos, além de afiar as malditas garras contra a oposição que, não tendo vias democráticas para protestar, resolveu pegar em armas. O que se viu daí pra frente foi o horror institucionalizado nos porões dos centros de repressão: tortura e morte. Em 1978, confrotados com as crescentes manifestações pela redemocratização do país, o general Ernesto Geisel assina o fim do AI-5 e restaura o habeas-corpus. Esta nota é para não deixar passar em branco a data de triste memória: 13 de dezembro de 1968.
sábado, dezembro 13, 2008
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